Nova pesquisa mostra que BRASIL está mais corrupto 

 

Segundo documento divulgado pelo Grupo Transparência Internacional,
país caiu oito posições no ranking

BERLIM - O Iraque, abalado pela violência desde a invasão liderada pelos Estados Unidos, em 2003, é, ao lado dos empobrecidos Haiti, Mianmar e Guiné, um dos países mais corruptos do mundo, mostrou uma nova pesquisa divulgada pelo grupo Transparência Internacional (TI). E o Brasil, de acordo com o novo ranking, ficou mais corrupto.

A nova pesquisa divulgada pelo grupo mostrou que o Brasil caiu oito posições e ficou em 70º lugar no ranking total, e em 14º entre os países das Américas, atrás de Chile, Uruguai, Colômbia e Jamaica.

Além do Brasil, muitos países tiveram piora significativa nas posições, incluindo Cuba, Israel, Jordânia, Laos, Trinidade e Tobago, Tunísia e Estados Unidos.

Lista completa:  <http://www.transparency.org/news_room/in_focus/cpi_2006/cpi_table>.

O grupo classifica 163 países com base na percepção de corrupção entre autoridades públicas e políticos, no chamado Índice de Percepção de Corrupção 2006 (CPI, na sigla em inglês).

O Haiti, país mais pobre do continente, foi o pior colocado da lista, abaixo de Iraque, Mianmar e Guiné, refletindo o que a Transparência afirma ser uma alta correlação entre violência, pobreza e corrupção.

"Esta pesquisa sugere que a corrupção no Iraque está muito ruim", disse à agência Reuters o presidente-executivo da TI, David Nussbaum.

"Quando há níveis altos de violência, isso afeta não somente a segurança, mas também controles e balanços, a lei e o funcionamento de instituições como o Judiciário e a Legislatura. Se tudo isso estiver sob pressão, o próprio sistema que funciona para evitar corrupção estará minado."

Nussbaum apontou a decisão da semana passada da gigante de engenharia dos Estados Unidos Bechtel Corp de retirar-se do Iraque como um sinal da gravidade da situação de segurança. Cinquenta e dois empregados da empresa foram mortos no Iraque desde 2003.

Piores e melhores

O Haiti sente o efeito da ação das gangues armadas, apesar da presença das forças da Organização das Nações Unidas (ONU), desde 2004, quando o presidente Jean-Bertrand Aristide foi deposto.

Logo depois do Haiti e do Iraque na lista estão Sudão, República Democrática do Congo, Chade e Bangladesh.

Os melhores colocados são Finlândia, Islândia e Nova Zelândia, com Dinamarca, Cingapura e Suécia logo em seguida.

Entre os países que tiveram grande melhora estão Argélia, República Tcheca, Índia, Japão, Letônia, Líbano, Paraguai, Eslovênia, Turquia, Turcomenistão e Uruguai.

 

Fonte: G1, 6/11/2006


 


 


 


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