PRIVATIZAÇÃO DA PREVIDÊNCIA PRECIPITOU COLAPSO DA ARGENTINA
20/06/2003
 

Ismael Bermúdez, de Buenos Aires
Jornalista e economista

 A quase totalidade do aumento da dívida
pública argentina entre 1994 e 2001,
de US$ 66 bilhões para US$ 144 bilhões,
deve-se à privatização e a outras
medidas relativas à Previdência. O Estado continuou pagando aposentadorias e pensões
dos já aposentados e dos novos aposentados
que haviam contribuído para o sistema
público, mas as contribuições dos trabalhadores (11% do salário) passaram a ser recolhidas aos fundos privados, ao mesmo tempo em que as contribuições patronais diminuiam. E as aposentadorias da Previdência
pública, “congeladas” há anos, são indigentes

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NO CHILE, APOSENTADORIA SEM ALEGRIA
18/06/2003

 Manuel Jesus Hidalgo, de Santiago
Prof. da Universidade do Chile

 O sistema previdenciário chileno (o primeiro a adotar o modelo de fundos privados)
vem passando por uma série de
reformas que pretendem solucionar os
múltiplos aspectos em que seu
desempenho apresenta problemas. Quase a
metade da força de trabalho do
país carece de cobertura e só uma minoria
dos que receberam melhores
salários recebe pensões maiores
do que no passado. Por outro lado,
as empresas administradoras
dos fundos constituíram um mercado
oligopólico, cada vez mais concentrado,
e esforçam-se hoje para
convencer seus cotistas do sucesso de uma
rentabilidade sujeita a cada vez maiores riscos

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A EMENDA LULA OU A REFORMA
COM SINAIS TROCADOS
16/06/2003
 

José Chrispiniano e Lídia Neves
Jornalistas

A reforma encaminhada ao Congresso pelo governo Lula (PEC 40) procura privatizar a Previdência, impelindo os entes públicos a criarem fundos de pensão e impondo um teto de R$ 2.400 para o valor da aposentadoria dos futuros servidores públicos.

Quebra-se a paridade entre ativos e inativos, medida que, como as demais, joga sobre o servidor público os custos da transição de modelos: cobrança de contribuição dos aposentados, redutor de 30% nas pensões,
aumento da idade mínima exigida para
aposentadoria etc. Haverá, nos primeiros anos,
aumento e não redução dos gastos com
a Previdência

Fonte: Adusp - 06/2003.

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