Semana Nacional de Mobilização
24 a 28 de abril
 

 

Campanha Salarial 2006: juntos em defesa da Universidade pública de qualidade, de melhores condições de trabalho e de vida!

 

O que a atuação do Movimento Docente tem a ver comigo? Se esse é o seu primeiro pensamento quando o assunto vem à tona, é preciso ficar atento aos problemas que a Universidade pública vem enfrentando e considerar as questões que apresentamos abaixo:

* O Movimento Docente, ao longo dos últimos anos, tem se destacado pela luta incansável em defesa do ensino público, gratuito, laico, de qualidade e socialmente referenciado. Essa é uma árdua batalha, pois o governo tem sido o principal opositor das bandeiras encampadas pelos defensores do ensino público de qualidade, já que o Estado está fortemente comprometido com os interesses do capital, ditados por organismos internacionais, como o Banco Mundial, por exemplo. 

* A crise que acompanha o setor público brasileiro não poupou as Universidades, cada vez mais ameaçadas pelos projetos privatizantes do governo. Um desses projetos que pretende sucatear o ensino público é o da Reforma Universitária, que tem sido combatida pelo Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES-SN). 

* Outros problemas que as instituições de ensino público têm enfrentado dizem respeito às péssimas condições de trabalho e de remuneração dos professores. Lembre-se de que a maior parte dos rendimentos dos docentes é composto por gratificações, que podem ser canceladas a qualquer momento pelo governo. É por isso que uma das principais reivindicações da categoria é pela inclusão das gratificações aos salários. 

* No início de 2005, o governo ignorou a situação salarial dos professores concedeu um reajuste de apenas 0,1% aos servidores públicos federais. Assim como os servidores públicos federais, os professores entraram em greve. No caso da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, a paralisação começou em 6 de outubro e se estendeu até 19 de dezembro daquele ano. Em outras universidades públicas, a greve durou ainda mais tempo, pois foi iniciada em 30 de agosto. 

* O ANDES-SN tentou negociar com o governo, que utilizou-se de estratégias completamente desleais, convidando uma entidade paralela ao Sindicato Nacional – único representante legítimo da categoria docente – para dificultar as negociações e dividir o movimento sindical. Essa entidade é o Fórum de Professores das IFES (PROIFES), que surgiu a partir do descontentamento daqueles que se candidataram às eleições para a Diretoria do ANDES-SN, mas perderam o pleito. 

* O que é o PROIFES? O PROIFES é uma entidade que trabalha em total sintonia com o governo federal, e que, por isso, prejudicou o andamento das negociações entre o ANDES-SN e o MEC, na última greve. O Ministério da Educação, autoritariamente, rompeu a negociação com o ANDES-SN, apresentando um Projeto de Lei ao Congresso Nacional, que, desde 08 de dezembro de 2005, espera ser apreciado na Câmara dos Deputados. Os termos do PL nº 6368/ 05, que determina o reajuste do  salário docente para os próximos anos, não foram aceitos pelos professores, já que o PL reúne as propostas rejeitadas pela categoria, durante a greve passada, e não contempla o reajuste de 18% lineares solicitado pela classe docente. 

* É por essas e outras que o ANDES-SN, do qual a ADUR-RJ é filiada, e servidores  públicos federais se mobilizam em prol da Campanha Salarial de 2006, reivindicando a  recomposição do poder aquisitivo dos salários, corrigido a partir da inflação dos últimos anos; a incorporação das gratificações aos salários e o cumprimento de acordos e negociações por parte do governo.

 

Contamos com você, que também defende o ensino público,
gratuito e de qualidade, nesta luta! O ensino público é um
direito de todos; é um direito seu!

Por isso, a nossa luta tem tudo a ver com você!

Vamos todos juntos em defesa da Universidade pública!
ADUR-RJ S. Sind.

 

 

Semana Nacional de Mobilização,
de 24 a 28 de abril de 2006.


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