Universidades terão R$ 1,7 bi a mais em 2005


O
orçamento do ensino superior vai ganhar um reforço de R$ 1,7 bilhão. Os recursos a mais para as universidades federais integram a proposta orçamentária do governo federal para 2005, enviada ao Congresso Nacional. A proposta faz parte da política de fortalecimento das instituições, promovida pelo Ministério da Educação. “Há décadas o investimento na educação superior pública não tinha aumento deste porte”, afirma o ministro da Educação, Tarso Genro, que apresenta o anteprojeto de reforma universitária, hoje, 6, às 14h, no auditório do edifício-sede do MEC.

O aumento dos recursos orçamentários é destinado a investimentos, ao custeio das universidades e a reajustes nos vencimentos dos professores e servidores. O novo orçamento viabiliza a autorização do MEC para realização de concurso público. Serão contratados, em todo o País, cerca de seis mil professores. Sinaliza, também para a concretização da reforma universitária. O anteprojeto de reforma da educação superior tem como princípio fundamental uma reivindicação histórica da comunidade acadêmica: a autonomia financeira das universidades.

Região Sudeste
Orçamento (em R$)

 

Instituição

Orçamento 2004

Orçamento 2005

UFES

121.134.406

160.225.457

UFF

277.034.140

368.183.244

UFJF

98.962.174

123.743.676

UFMG

332.049.431

444.309.240

UFRJ

575.961.509

749.755.432

UFRRJ

79.041.648

105.172.290

FMTM

52.205.902

67.777.952

FAOD

10.400.396

12.044.032

EFOA

14.441.062

18.416.469

EFEI

21.764.724

30.350.368

UFSP

225.945.317

236.402.389

UFLA

38.510.729

51.488.995

FUNIRIO

65.294.304

96.880.803

FUFUB

179.392.982

230.634.024

FUFOP

45.894.988

61.449.576

FUFSCar

72.145.747

91.349.516

FUFV

126.603.224

164.427.838

FUNREI

20.601.982

27.649.797

Total

2.357.384.665

3.040.261.098

 



Reforma –
O anteprojeto de lei da reforma da educação superior prevê que as instituições federais receberão da União, anualmente, nunca menos de 75% da receita constitucionalmente vinculada à manutenção e ao desenvolvimento do ensino, deduzida a complementação da União aos fundos de manutenção e desenvolvimento da educação básica e de valorização dos profissionais da educação. Com a reforma, as despesas com inativos e pensionistas sairão do orçamento global e correrão à conta do Tesouro Nacional.

A partir da aprovação do projeto, as universidades receberão dotações globais de recursos e terão autonomia para decidir os destinos dos recursos relativos a custeio, investimentos e pessoal. A expansão ficará condicionada à apresentação ao MEC de um plano de desenvolvimento institucional (PDI).

O plano é uma exigência feita pelo MEC às instituições privadas. Com a reforma, será estendida às públicas. As instituições terão de elaborar, a cada quatro anos, um PDI que apresente o planejamento nos prazos de seis, nove e 12 anos; projetos pedagógico e de desenvolvimento regional e local para as necessidades do desenvolvimento econômico, social, cultural, científico e tecnológico nacional e regional. As universidades terão, ainda de atender demandas sociais; e integrar-se com as populações de seu entorno ou área de influência.

Fonte: SESU/MEC, 06/12/2004.


Opiniões sobre os artigos ...


Coletânea de artigos


Home