Bolsa-Empreiteiro
 

Pegue um lápis e faça a conta. Não é ridícula a quantia (20 bilhões de reais por ano) que a presidenta alocou para o programa que, segundo ela, eliminará a pobreza no país, comparada a outros gastos, como, por exemplo, os exponenciais juros e pagamentos da dívida, sempre censurados do debate público?

É rir para não chorar. Destinar três reais e quarenta centavos por dia para cada um dos dezesseis milhões de brasileiros que, conforme pesquisa da ONU, vivem (?) abaixo da linha da pobreza é um escárnio. Realizar uma sessão solene para anunciar esse plano ajunta injúria à ofensa.

Enquanto concede essa ninharia aos pobres, Dilma destina muitos bilhões a um punhadinho de empreiteiras para reformar (sem a menor necessidade) os estádios de futebol e os aeroportos, a fim de aumentar o conforto dos turistas que virão ao Brasil para assistir aos jogos da Copa do Mundo e as Olimpíadas.

O país não tem por que submeter-se a exigências descabidas da “cartolagem” corrupta que dirige o futebol mundial. Por isso mesmo, esse dinheiro faz parte da “Bolsa Empreiteiro”, bem mais gorda do que a “Bolsa Família”. 

Há muito que vem sendo denunciada esta farsa com todas as letras. Obviamente, no entanto, não há visibilidade para políticos, jornalistas e estudiosos que escancaram esta realidade, na esperança de que, uma vez confirmadas as falcatruas, a massa dos eleitores pudesse ver a realidade.

Sob o disfarce dos grandes eventos e velhos projetos ‘desenvolvimentistas’, a prova de que tais denúncias são carregadas de sentido está a cada dia mais evidente. Não faltarão oportunidades para comprovar as demais.

 

Fonte: Correio da Cidadania

 


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