DCE da UFRRJ elabora documento criticando o aterro sanitário em Seropédica
 

O Diretório Central dos Estudantes – DCE/ UFRRJ divulgou um documento pelo qual critica a instalação do aterro sanitário em Seropédica, expondo os riscos que o empreendimento pode trazer para o município e regiões vizinhas.
 

6 milhões podem morrer no Rio de Janeiro

Nos anos de 2014 e 2016, o Rio de Janeiro terá em seu calendário importantes datas para todo o Brasil, em especial para a população carioca, período de copa do mundo e olimpíadas, são datas onde o povo exibe seus ideais patrióticos, todavia de forma alienada, são períodos de festas e glória. É exatamente isso que o Estado quer que você pense, e produza, todavia um mau oculto se torna necessário na visão do capital para que os megaeventos tenham existência, um mau tão bem programado que sua contestação é muito pequena e isolada, esta que deveria ser a primeira grande luta do novo século, isto é, uma luta pela sobrevivência e pelo povo.
 

O governo Sérgio Cabral e Eduardo Paes começaram o processo de embelezamento do Estado do Rio de Janeiro, pois os megaeventos pedem organização e limpeza em sua passagem, com isso tornou-se necessário dar outro destino a todo lixo produzido pela população da capital, vários municípios carentes estavam em cogitação, a ideia era simples, o que tiver o IDH mais baixo, é onde existirá menos luta, com isso o escolhido foi Seropédica, área de solos arenosos, rica em biodiversidade, possui um gigantesco aquífero que pode abastecer toda população carioca em casos de crise, e que além desta alimenta o Rio Guandu através de diversos corpos d´água, este foi o lugar escolhido para se construir o mais novo lixão da cidade do Rio de Janeiro, bem em cima deste aquífero.
 

O processo foi rápido, o corrupto ex prefeito de Seropédica, o Sr. Darci dos anjos, que esta sendo caçado por compra de votos, mudou a lei orgânica do município junto à câmara de vereadores, em apenas algumas horas, sem consulta ao povo, este foi o ponto de partida para Cabral e Paes, pois com a mídia ao seu lado, e fortes influencias políticas, tornavam a luta muito difícil, o  aterro foi construído na região de Chaperó, bem em cima do aquífero Piranema, professores da UFRRJ fizeram diversos laudos técnicos, apoiados pela EMBRAPA e o CREA, que comprovam que isso era um ato insano, pois se o chorume tóxico produzido pelo lixo vaza-se para o Rio Guandu, teríamos mais de 6 milhões de pessoas condenadas à morte! A regra em geologia é clara, não se constrói aterro em cima de aquífero, e ainda mais com solo arenoso. O que também é fantástico, é que toda esta aberração só se consolidou devido a permissão do INEA, isto é, o instituto estadual do meio ambiente. Quando a ciência esta a favor do capital, o questionamento não existe, mas quando está a favor da vida humana, já temos a resposta.
 

Vale argumentar que a resposta do INEA é que o lixão possui uma camada de proteção no solo, na qual vale argumentar que rompeu só com o peso da chuva, sem lixo! Isto se deve , porque Seropédica tem altos índices pluviométricos, um dos maiores do Rio de Janeiro, o que sem dúvida gera medo, pois este empreendimento é sem dúvida uma bomba relógio, e se nós não a desativarmos, com certeza muita gente vai morrer! O DCE-UFRRJ que constrói a ANEL, esta nesta luta faz três anos, e convida a todos companheiros e companheiras dos movimentos de luta a combater pelo povo, em honra ao movimento estudantil e pela justiça!
 

O mundo é um lugar perigoso de se viver, não por causa daqueles que fazem o mal, mas sim por causa daqueles que observam e deixam o mal acontecer.

Albert Einstein

FONTE: DCE/UFRRJ

 


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