Professores da Uefs em greve fazem manifestação no CAB nesta sexta
 

Os professores da Universidade Estadual de Feira de Santana - Uefs, em greve desde segunda (11/4), farão uma manifestação em frente a Secretaria de Educação, no Centro Administrativo da Bahia (CAB), amanhã (15/4), às 13:30 horas. Às 15 horas, os representantes dos professores das quatro Universidades Estaduais da Bahia (UEBA) serão recebidos pelo governo para discutir o acordo salarial 2010. O movimento grevista está reivindicando do governo a retirada da cláusula 2 do acordo salarial 2010, que congela seus salários até 2015, e a revogação do Decreto 12.583/11, que reduz os gastos públicos estaduais no ano de 2011.

Na quarta (13/4) os professores da Uefs fizeram uma manifestação no centro comercial de Feira de Santana. Com apitos, cartazes, faixas e bandinha, os professores apresentaram à população os motivos que levaram a categoria a deflagrar greve por tempo indeterminado. A comunidade recebeu uma carta que apresentava os pontos principais de reivindicação do movimento grevista.

Na Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) a greve dos professores, iniciada no dia 08/4, também foi deflagrada pelos técnico-administrativos. Na Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (Uesb) os estudantes também estão em greve, apoiando o movimento grevista dos professores que também foi iniciado no dia 08/4. Por enquanto, a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) aprovou um indicativo de greve em assembleia na tarde de ontem (13/04).

As negociações entre o governo e os professores pela incorporação da gratificação CET (Condições Especiais de Trabalho) ao salário base duraram mais de um ano. Os professores, demonstrando sua capacidade de negociação, aceitaram o pagamento da incorporação de forma parcelada até 2014. No entanto, no dia da assinatura do Acordo o governo surpreendeu a categoria incluindo no documento uma cláusula que os impedia de fazer reivindicações com impacto no orçamento do estado até 2015. “Era óbvio para o governo que não assinaríamos o acordo com essa cláusula. Demonstramos a nossa vontade de negociar, mas parece que o governo prefere o enfrentamento. Já recebemos os piores salários do Nordeste, não podemos passar quatro anos sem reivindicar melhorias”, afirma o coordenador da Associação dos Docentes da Uefs  - Adufs Seção Sindical, Jucelho Dantas.

“A greve é nossa forma de mostrar para sociedade que a Universidade está passando por problemas e que precisamos exigir do governo melhorias. Precisamos defender o direito da nossa sociedade de ter uma Universidade pública e de qualidade. A educação é o maior patrimônio que nosso povo pode ter e o melhor caminho para transformação da nossa realidade social”, finaliza o professor Jucelho.

 

Fonte: Por Carla Matos
Adufs Seção Sindical

 


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