Revista ‘Universidade e Sociedade’, que foi lançada durante o CONAD, debate C&T e trabalho docente
 

Durante o 56º CONAD (Maringá-PR), ocorreu o lançamento da 48ª edição da revista Universidade e Sociedade, editada pelo ANDES-SN. Neste número, dedicado à temática “Ciência e Tecnologia e Trabalho Docente”, há valiosas contribuições acadêmicas, que discorrem sobre temas como Plano Nacional de Educação (PNE) e o financiamento, a Reforma do Estado, a expansão aligeirada das Universidades Federais por meio do REUNI, a organização da classe trabalhadora e o ônus da dívida pública brasileira para a sociedade. A edição reproduz o pronunciamento público do Fórum Estadual em Defesa da Escola Pública – FEDEP, realizado em 30 de abril deste ano no Rio de Janeiro.

Os efeitos perniciosos da Reforma do Estado – que se explicitam no desmonte da carreira docente, na retirada de direitos trabalhistas, na ausência de uma reposição salarial das perdas dos últimos anos e no aumento da carga de trabalho dos professores – são debatidos em diferentes artigos de pesquisadores. Deise Mancebo analisa as exigências do trabalho docente na pós-graduação; Elci Tonetto, Sérgio Prieb e Thaíse Tonetto debatem a precarização do trabalho dos técnico-administrativos da Universidade Federal de Santa Maria; Janete Luzia Leite constata que a sobrecarga de trabalho tem ameaçado a saúde física e mental dos professores e o artigo de Vera Lúcia Jacob Chaves e Rhoberta de Araújo avalia a implementação do REUNI na Universidade Federal do Pará.

Esta edição também dedica um espaço privilegiado para o debate acerca da expansão das instituições federais de ensino superior, apresentando um ensaio fotográfico que retrata a precarização gerada pelo projeto capitaneado pelo governo. O ensaio é precedido pelo estudo de Kátia Lima sobre as promessas deste “plano de metas” que as Universidades firmaram com o MEC e a realidade que se impõe: os ataques à autonomia, obras inacabadas, contratos com prazos expirados, superlotação dos restaurantes universitários, salas de aulas improvisadas em contêineres e outras evidências que demonstram a falta de infraestrutura das IFES. 

E, para que os leitores não desanimem diante dos percalços da atual conjuntura, os editores lhes reservaram um poema de Carlos Drummond de Andrade, que os convida à mobilização, lembrando-os que “a hora mais bela surge da mais triste”.

 

 


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