Anel declara apoio à greve e convoca estudantes a se juntarem aos professores
 

A greve nacional dos docentes das instituições federais de ensino cresce a cada dia e aumentam os números de entidades que declararam apoio aos docentes. A Associação Nacional dos Estudantes Livre (Anel) divulgou uma nota em apoio a greve e convocando os estudantes a formarem um Comando Nacional de mobilização. “Pela justeza de suas reivindicações e a força de sua mobilização, nos somamos e convocamos todos os estudantes a também se levantarem em defesa da educação pública, gratuita e de qualidade e por uma expansão com 10% do PIB para a educação”, afirma a nota, que pode ser lida aqui.

No texto, a Anel faz um histórico das negociações do ANDES-SN com o governo e relembra a forma truculenta como o governo tratou as greves da Fasubra e do Sinasefe. Além da questão salarial, o texto lembra que os professores e técnico-administrativos das instituições federais estão revoltados com a precarização do trabalho.

Reuni

“Nos últimos anos, acumulou-se uma condição cada vez mais precária de trabalho nas universidades,  é impossível não identificar essa situação com o processo de expansão desordenado e sem recursos promovido pelo governo federal através do Reuni”, diz a nota.

Além de ter promovido um aligeiramento dos currículos e um processo crescente de substituição dos cursos profissionalizantes ou criação de novos ‘tecnólogos’ com a simplificação das graduações, o governo, critica a Anel, tenta impor uma “formação barata para cumprir o papel de formar mão de obra de baixa qualificação, que irá ocupar postos de trabalhos precarizados”.

“Há cinco anos, os estudantes lutaram, ocuparam reitorias em todo o país, dizendo que não bastava expandir, mas que era preciso fazer isso sobre outra lógica e com mais investimentos. Hoje, os problemas que foram alertados se tornaram realidade. Acreditamos que a atual greve é a resposta mais contundente a todas essas perguntas: sem condições  mínimas que subsidiassem uma expansão com qualidade, o balão estorou”, diagnostica a nota.

O texto ainda elenca os problemas atuais, como a falta ou insuficiência de restaurantes universitários, moradias estudantis e bolsas; salas superlotadas e aumento de professores temporários ou substitutos, em detrimento dos efetivos; bibliotecas defasadas.

Ao final, o texto convoca todos os estudantes brasileiros a participarem da luta dos docentes. “Tomemos o leme em nossas mãos e vamos às ruas fazer história! Como diziam os estudantes em maio de 68: sejamos realistas, façamos o impossível!”, conclama a Anel.

 

 

Fonte: ANDES-SN, 22/5/12.

 


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