SINTUR, ADUR e DCE-Rural apóiam a luta pelos direitos dos terceirizados

 

 

Na última quarta-feira, 21 de agosto, quatro trabalhadores (as) terceirizados (as) do Campus Nova Iguaçu foram demitidos pela empresa Digna. A ocupação da direção do Instituto Multidisciplinar (IM) por estudantes do IM, na quinta-feira (22/08), se deu em protesto às demissões. É importante dizer que este fato aconteceu após um processo de acúmulo político na luta da classe trabalhadora. Assim, a comunidade da Rural vem presenciando nas últimas semanas, a panfletagem e a afixação de faixas em apoio aos terceirizados, por descumprimento dos direitos trabalhistas pelas empresas (depósito de INSS e FGTS, dentre outros), e pela omissão recorrente da administração da UFRRJ nesta questão. Entendemos que neste cenário político de contestação, não devam acontecer demissões pelas empresas contratadas pela universidade, sob o risco de suspeita de perseguição política aos trabalhadores mais mobilizados. Também causa estranheza que as quatro demissões da última quarta-feira sejam consideradas, pela Direção do IM, como sendo processo natural e rotineiro da empresa, sobretudo pela responsabilidade solidária da UFRRJ nos contratos trabalhistas, o que demandaria maior zelo do administrador, para apuração dos fatos. O acontecido demonstra a justeza da ocupação da direção do IM pelos estudantes, em resposta ao ato violento das demissões. Enquanto entidades representativas da luta da classe trabalhadora, apoiamos a mobilização na universidade e rechaçamos qualquer oportunismo político por grupos que atuem no sentido de inviabilizar a gestão da universidade, com reflexos negativos para a comunidade. Mas é preciso entender que a natureza desta ação política da ocupação no IM é consequente à legítima luta dos trabalhadores e da juventude, em um momento de ampla comoção na população de nosso país. Atribuir a atuação política à insatisfação de grupos que perderam pleitos nas urnas é dizer que na comunidade acadêmica não há ética e dignidade por parte dos movimentos organizados. Isto empobrece a universidade. Por fim, entendemos ser importante que os contratos das empresas que prestam serviços à Rural sejam auditados e que as demissões sejam revogadas, sendo os quatro trabalhadores reintegrados. Continuaremos na luta por uma universidade que respeite os direitos dos (as) trabalhadores (as), pela qualidade na educação federal e contra as privatizações e terceirizações dos serviços públicos.

 

Seropédica, 26 de agosto de 2013.

 

ADUR-RJ / SINTUR-RJ / DCE-Rural

 

 


Coletânea de artigos


Home