Em reunião ampliada, servidores apontam novo ato unificado para março
 

Representantes de várias entidades de todo o país que participaram da Reunião Ampliada do Fórum dos SPF em Brasília, nesta sexta-feira (7), apontam a necessidade de construção da greve unificada como instrumento para pressionar o governo a atender as reivindicações da categoria

A importância da mobilização, da integração e da unificação das entidades que representam os servidores públicos federais (SPF) de todo o país como forma de pressionar e exigir do governo o atendimento da pauta que compõe a Campanha Unificada de 2014, além das pautas específicas de cada setor, foi ressaltada durante a reunião ampliada do Fórum Nacional das Entidades dos Servidores Públicos Federais (SPF), realizada na manhã desta sexta-feira (7), em Brasília. O auditório do Sindsep-DF, local da reunião, permaneceu lotado.

Entre as respostas de encaminhamentos está a realização de uma atividade unificada nacional em março, com data prevista para dia 19, e a possibilidade de a atividade se tornar uma marcha (questões que serão definidas na próxima reunião do Fórum dos SPF); a manutenção da indicação do início da greve para a segunda quinzena de março, e a elaboração de três moções de apoio: à greve dos rodoviários em Porto Alegre, à greve dos servidores da saúde do Rio de Janeiro; e à greve dos trabalhadores dos Correios.

Representantes de dezenas de entidades que compõem fórum participaram da reunião, que fez uma avaliação das atividades do calendário de  lutas já realizadas, como o lançamento nacional e nos estados da Campanha, nos dias 5 de fevereiro e 22 de janeiro, respectivamente; e o seminário da Auditoria Cidadã da Dívida, na quinta-feira (6) –, além de discutir o prosseguimento das atividades. Apesar de não ter caráter deliberativo e das pequenas polêmicas que surgiram durante as falas em relação à mobilização e a construção da greve, não houve posição contrária à paralisação.

Durante as falas, os participantes apontaram a greve como o instrumento da classe trabalhadora para garantir conquistas para o movimento. "A Reunião foi positiva na medida em que todos se manifestaram pela unidade dos servidores públicos federais e sobre a necessidade de construir a luta unificada neste primeiro semestre de 2014. Todos se mostraram comprometidos em discutir a necessidade e construção da greve unificada dos SPF, que pode ter início no fim de março ou no início de abril. O ANDES-SN estará no seu 33º Congresso, que será realizado entre 10 e 14 de fevereiro, em São Luís, discutindo o plano de lutas para 2014, e deverá aprovar a forma de sua unificação com os servidores públicos federais, e o seu calendário próprio articulado com os servidores como um todo", explica o 2º secretário do ANDES-SN, Paulo Rizzo.

 O diretor do Sindicato Nacional avalia ainda que a reunião foi bastante expressiva, com representações de várias bases de entidades de todo o país que estavam presentes e participaram das atividades em Brasília, previstas no calendário dos SPF. "Algumas entidades, como a Fasubra, ainda têm plenária neste fim de semana para discutir os encaminhamentos do indicativo de greve. Outras já têm indicativo, como a Condsef e o Sinasefe", contextualiza Rizzo. Os representantes das entidades nacionais fizeram informes sobre como as ações têm sido organizadas junto às bases e divulgaram seus calendários de atividades para os próximos meses.

AVALIAÇÃO

Para o coordenador da CSP-Conlutas, Paulo Barela, o movimento obteve importantes conquistas no ato do último dia 5. A pressão dos servidores, presentes no ato em frente ao Bloco K, resultou em reunião entre dirigentes de 10 entidades e das três centrais sindicais que compõem o fórum e o chefe de gabinete da Secretaria-Executiva do Planejamento, André Bucar, além do secretário de Relações do Trabalho, Sérgio Mendonça, e sua equipe técnica.

"Tivemos duas respostas importantes: foi assumido o compromisso tácito de responder formalmente, ponto a ponto, as oito reivindicações que compõe a Campanha, e a equipe do governo afirmou que buscará garantir uma audiência com a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, e as entidades dos servidores públicos federais", afirmou Barela. Segundo ele, os dirigentes cobraram a abertura imediata de negociações em torno da pauta unificada dos servidores federais e rechaçaram a argumentação do governo de que enfrenta dificuldades em atender o pleito dos trabalhadores do serviço público.

 

 

 

Fonte: ANDES-SN, 7/2/14.

 


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