Educação pública ameaçada pela austeridade



As redes de ensino municipal, estadual e federal estão sofrendo duros ataques em função das políticas de ajuste fiscal ou de austeridade. No Paraná, o governo estadual propôs a utilização de recursos destinados à previdência dos servidores para pagar dívidas correntes do estado, o que gerou um movimento de greve geral e a ocupação da assembleia legislativa do estado. Embora a pressão dos trabalhadores tenha feito o governo do PSDB recuar, ainda não houve a retirada definitiva da proposta. Recentemente, o judiciário paranaense criminalizou o movimento de greve nas universidades estaduais, demonstrando a articulação entre os setores do estado para quebrar as resistências aos planos de austeridade.

No Rio de Janeiro, as universidades estaduais foram diretamente afetadas pelos cortes orçamentários. Na UERJ, falta de professores, atraso de bolsas e do pagamento de serviços terceirizados comprometem as atividades acadêmicas, enquanto na UENF, além dos impactos dos cortes, os trabalhdores e estudantes enfrentam acordos de greve estão sendo descumpridos. A crise persiste também nas universidades estaduais paulistas, que desde a greve histórica de 2014 vem denunciando os cortes orçamentários e o estrangulamento das finanças das universidades.

Na rede federal, alem dos problemas vividos pela UFRJ relatados acima, na UFMG a própria reitoria reconheceu em nota pública que suas atividades podem ser comprometidas pela restrição orçamentária. Este quadro certamente afetará a Rural. No ano passado, a paralisação dos docentes no Instituto de Tecnologia e no Deparatemento de Química levou a administração central a se comprometer com medidas de curto, médio e longo prazo para solucionar problemas infraestruturais. Ações que dependem das verbas de custeio e que podem estar ameaçadas pela política de austeridade.

 

 

 

 

 

 

 

 


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