Respostas da CHAPA 1 – ANDES PELA BASE: DIVERSIDADE E LUTAS
Quem respondeu às perguntas da ADUR em nome da CHAPA 1 – ANDES PELA BASE: DIVERSIDADE E LUTAS, foi o professor Departamento de Hotelaria e Serviço Social da UFRRJ, Dan Gabriel D’Onofre, candidato à 1º Tesoureiro pela Regional Rio de Janeiro.
1) Quais as principais propostas da sua chapa?
As propostas da Chapa 1 se pautam na necessidade de democratização e popularização das instituições de ensino superior, que em nossa compreensão exige um sindicato que lute, de forma firme, autônoma de governos, reitorias e partidos, em defesa dos interesses da categoria docente e da educação pública socialmente referenciada. A materialização desse projeto, passa pelo aprofundamento de um Sindicato Nacional organizado pela base, em que sejam consideradas as demandas da categoria no que se refere à carreira docente e as condições de trabalho. Nesse sentido, defendemos: reestruturação da carreira; reenquadramento dos aposentados; condições de trabalho com investimento público para a manutenção do tripé ensino-pesquisa-extensão com qualidade; radicalização da democracia interna do Sindicato Nacional. Defendemos ainda a revogação de todas as contrarreformas, como as da previdência, o combate aos assédios, a luta por um ambiente de trabalho que não seja adoecedor.
2) Como é a leitura da sua chapa em relação ao quadro político atual? Nesse contexto, quais são os principais desafios do movimento docente hoje
Estamos em um momento desafiador. A persistência da lógica neoliberal, da apropriação privada dos fundos públicos e transformações do mundo do trabalho, como a crescente plataformização, são processos que atingem a educação pública e produzem impactos diretos sobre o cotidiano da nossa categoria. Um longo ciclo de desfinanciamento tem resultado na precarização generalizada das nossas instituições. Ao mesmo tempo, temos um quadro de avanço da extrema direita, negacionismo, ataques à liberdade de cátedra, episódios de violência nos campi. Diante desse cenário complexo, o ANDES-SN precisa ser capaz de convocar nossa categoria para uma ampla unidade nas lutas. Sem derrotarmos o Novo Arcabouço Fiscal, a lógica da austeridade fiscal, os cortes orçamentários que atingem hoje a educação pública de modo dramático, não há possibilidade de derrotarmos a extrema direita, travar novas contrarreformas que retirem direitos e avançar na construção de nosso projeto de educação.
3) Destaque para os eleitores os motivos pelos quais sua chapa seria a mais indicada para compor a Direção do ANDES SN.
A Chapa 1 se distingue das demais pela compreensão de democracia como prática cotidiana de participação nos espaços democráticos em busca de consensos e diálogos construtivos sobre as divergências. Os desafios exigem unidade da categoria para combater o arcabouço fiscal e as políticas de austeridade. Apesar da baixa sindicalização no serviço público, o ANDES-SN cresceu entre 2021 e 2023, com aumento de filiações nas seções sindicais em luta. A sociedade brasileira, sob ameaça do neofascismo, precisa reconstruir e revalorizar as práticas democráticas. As políticas de austeridade catalisam o neofascismo, pois trazem ressentimentos, frustração e o sentimento de que não há futuro. Para assegurarmos a unidade, é preciso que nosso sindicato não seja uma entidade subserviente aos ataques à democracia e aos direitos sociais fundamentais: dialogaremos com os governos legítimos, mas sempre afirmando que são as vozes da categoria em nossos espaços que definirão os processos de negociação.