1964: Ditadura nunca mais!

31 de março de 2024 Comunicação da ADUR A ditadura militar de 1964 deixou um legado de repressão política, tortura e morte. Muitos lutaram e sofreram em nome da democracia e dos direitos humanos, enfrentando perseguições implacáveis por expressarem suas opiniões ou defenderem causas justas. Muitos desapareceram, foram presos ou exilados, e suas vozes silenciadas pela força bruta do regime. Foi o ano em que as forças militares assumiram o poder em um golpe que mergulhou o país em duas décadas de ditadura. A ADUR celebra no dia de hoje a resistência à opressão do regime militar, uma expressão de solidariedade com as vítimas e suas famílias. Relembrar o golpe, assim como falar sobre ele, é um compromisso de não esquecer as lições do passado, de resistir a qualquer tentativa de autoritarismo e de lutar incansavelmente pela justiça e pela liberdade. É um apelo à memória coletiva, principalmente, para que as gerações futuras conheçam a verdade sobre os horrores do regime militar e trabalhem para garantir que tais eventos nunca se repitam. Os militares, cuja presença na presidência deveria durar poucos meses, suspenderam o direito de voto presidencial e revezaram-se no poder. No período, coagiram e fecharam o Congresso, amordaçaram o STF, cassaram partidos políticos, oprimiram sindicatos e organizações da sociedade civil, impuseram a censura, suspenderam o habeas corpus e empreenderam um regime de terror baseado na perseguição à oposição, no sequestro, na tortura, nos desaparecimentos forçados e nas prisões injustas. Hoje generais e outros oficiais prestam contas à Justiça comum em razão dos acontecimentos de 8 de janeiro de 2023, quando houve uma tentativa de golpe por parte da extrema-direita. Por isso, superado o perigo iminente, é hora de união na defesa do Estado Democrático de Direito. A ADUR reafirma o seu compromisso com a democracia, exigindo punição aos envolvidos na tentativa de golpe de Estado e relembrando: Ditadura nunca mais! Sem anestia para golpistas! Democracia Sempre!