ADUR repudia operação policial nas comunidades carentes do RJ

28 de fevereiro de 2024 Comunicação da ADUR Novamente, a ADUR vem a público externar indignação diante do cenário de terror causado após mais uma operação policial nas favelas do Rio de Janeiro. Ontem, dia 27 de fevereiro, mais de 13 favelas e milhares de moradores foram reféns de uma política de Estado em que predomina a violência e o absoluto caos. Cerca de 62 escolas e mais de 20 mil alunos, além do transporte público e serviços de saúde, foram interrompidos por mais de 7 horas. A "operação" resultou na morte de 9 pessoas, levando pânico à população que foi obrigada a viver em mais um dia de guerra na cidade. Moradores denunciaram diversas violações, como o não uso de câmeras corporais pelos batalhões, invasões a residências que foram inclusive usadas como base operacional no confronto, expondo os moradores a perigos ainda mais extremos, e a destruição generalizada causada pelos confrontos. A ADUR repudia a brutalidade dessas operações e reforça que os danos psicológicos causados à população são imensos. Rejeitamos essa visão de indiferença à população periférica da cidade. As ações das polícias seguem reproduzindo um modelo de enfrentamento bélico, e é urgente que alternativas para a segurança pública sejam pensadas. Tais operações são um desrespeito aos moradores que se veem reféns da criminalidade e das ações das forças de segurança em meio ao fogo cruzado. Até quando crianças e jovens terão seus direitos negados devido às ações de segurança pública? Quantos moradores ainda serão impedidos de viver seu cotidiano? Quantas vidas ainda serão marcadas pela barbárie, violência e mortes? São perguntas cujas respostas precisam ser analisadas pelo poder público. É hora de dar um basta! Chega de violência! Precisamos urgentemente construir uma política de controle da violência policial!