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MPF dá dez dias para que MEC cancele nota contra protestos

  • Foto do escritor: ADUR
    ADUR
  • 6 de jun. de 2019
  • 2 min de leitura

  O Ministério Público Federal (MPF) deu prazo de dez dias para que o Ministério da Educação (MEC) cancele a Nota Oficial com a qual “desautoriza” pais, alunos, professores e funcionários a divulgarem ou estimularem protestos pelo direito à educação. O MEC emitiu a Nota na quinta (30), durante o Dia Nacional de Lutas pela Educação. No dia anterior, no twitter, o ministro Abraham Weintraub publicou um vídeo pedindo que a população denunciasse professores e funcionários que divulgassem as manifestações. A recomendação do MPF foi enviada na sexta (31). O texto solicita que o MEC promova imediata retratação pública quanto à publicação e divulgação da referida nota. No documento, o MPF esclarece que o não acatamento infundado da recomendação poderá gerar a adoção das medidas judiciais cabíveis. O MPF também recomenda que o Ministério da Educação “se abstenha de cercear a liberdade dos professores, servidores, estudantes, pais e responsáveis pela prática de manifestação livre de ideias e divulgação do pensamento nos ambientes universitários, de universidades públicas e privadas e Institutos Federais de Ensino”. A recomendação ressalta que qualquer tentativa de obstar a abordagem, a análise, a discussão ou o debate acerca de quaisquer concepções filosóficas, políticas, religiosas, ou mesmo ideológicas representa violação à legislação brasileira. “Inclusive no que se refere à participação de integrantes da comunidade escolar em atos públicos”, completa o MPF. A recomendação é assinada pelo procurador regional dos Direitos do Cidadão no Rio Grande do Sul, Enrico Rodrigues de Freitas, e pela procuradora federal dos Direitos do Cidadão, Deborah Duprat. Governo segue caça às bruxas Na tarde de quinta-feira (30), o MEC divulgou nota na qual afirma que professores, servidores, estudantes e até mesmo pais e responsáveis não são autorizados a divulgar e estimular protestos durante o horário escolar. O MEC chegou a abrir um canal em seu site para receber denúncias sobre a participação nas manifestações. O ministério também ameaçou cortar o ponto de servidores federais que aderissem ao Dia de Lutas pela Educação.  

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