I Fórum das Entidades da UFRRJ promove o debate sobre a instabilidade econômica no cenário de crise democrática

Os docentes Grasiela Baruco e Alexandre Freitas, ambos do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, e a mediadora Letícia Inácio do Diretório Acadêmico de Economia
02 de setembro de 2022
Imprensa de ADUR-RJ
No último dia 1°, a ADUR-RJ, Sintur e o DAECO realizaram – depois de promover encontros sobre temas relacionados à crise da democracia, às relações internacionais, a extrema-direita e o Bolsonarismo – o último debate do I Fórum das Entidades da UFRRJ em defesa das eleições e da Democracia, no Auditório Gustavo Dutra (P1). O tema da mesa foi sobre a instabilidade econômica no cenário de crise democrática e contou com as palestras dos docentes Alexandre Freitas e Grasiela Baruco, ambos do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, sob a mediação de Letícia Inácio do Diretório Acadêmico de Economia.
Na abertura do encontro – que faz parte da programação da XXV Semana Acadêmica de Economia – o professor do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas, Alexandre Freitas, ressaltou que o golpe de 2016 foi articulado pelas “forças” do mercado para interromper o programa de distribuição de renda dos governos Lula e Dilma. “Não resta a menor dúvida de que o impeachment de Dilma Rousseff está ligada a sua recusa de aceitar o programa neoliberal imposto pela elite brasileira. Por isso, Michel Temer assume o poder com o propósito de liderar o programa neoliberal e dá início aplicação das reformas, sendo à previdência primeiro, e depois a trabalhista para acabar com os direitos, ou seja, a economia poderia voltar a crescer apenas para os detentores do capital, mas os salários não cresceriam. E a terceira o Teto de gastos para neutralizar o investimento no setor público. Mas dois anos não são suficientes para aniquilar de vez o serviço público. E aí, em 2018, com apoio dos empresários e da elite, Jair Bolsonaro ganha as eleições, e com Paulo Guedes a frente do Ministério da Economia completa a ponte para o futuro do governo Temer. O ministro passa, então, a criminalizar toda e qualquer política pública, social ou econômica aplicando o teto de gastos e a independência do Banco Central praticando assim a destruição total do estado social brasileiro. Dessa forma o atual governo federal evita o que aconteceu em 2004, na gestão do Lula que tinha o aumento dos salários e a redução da desigualdade social”.
Já para Professora do Instituto de Ciências da UFRRJ, Grasiela Baruco, a crise estrutural do neoliberalismo ocorrida em 2007 nos EUA, levou a construção do que tem sido chamado de direitos de subtração. “Os direitos fundamentais, o direito à cidade, os civilizatórios, foram retirados aos poucos, tornando-se privilégios. Mas é preciso ter cuidado para usar essa palavra. Ter direito à educação, saúde, não é privilégio, isso é direito básico. Por isso não é difícil de afirmar que capitalismo é incompatível com a democracia, ou seja, o Estado neoliberal, torna inviável o avanço das conquistas democráticas. Um Estado comprometido com ajuste fiscal e financeiro, torna-se mínimo para os direitos democraticos. O orçamento não fecha. E aí, o ministro Paulo Guedes tem razão, falta dinhero para a Educação, mas porque ele está comprometido com outras classes sociais”.
Durante o debate o professor de Ciências Econômicas, Antonio José de Alencar, e os estudantes Letícia Inácio, Jorge indagaram sobre as causas da política de austeridade e as perspectivas de mudança para saída da crise.
No final do evento, o diretor financeiro do Sintur, Gilson Ribeiro, agradeceu a presença de todos e enalteceu a importância da entidades sindicais e estudantis da UFRRJ estarem unidas em defesa da democracia e de uma universidade pública, gratuita e laica.
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