Semana do Orgulho LGBTQIA+ na ADUR – Dan Gabriel D’Onofre
🏳️🌈 Na semana do Orgulho LGBTQIA+ a ADUR tem apresentado uma série de relatos de docentes da UFRRJ sobre as suas experiências, na academia, enquanto pessoas LGBTQIA+.
✊🏼 💬 O relato de hoje é professor Departamento de Economia Doméstica e Hotelaria (DEDH) do Instituto de Ciências Sociais Aplicadas da UFRRJ, Dan Gabriel D’Onofre. Ele destaca que a opressão atinge as pessoas de modo diferente, e que a violência é maior sobretudo com pessoas trans e mulheres negras.
🗣️ Confira o relato completo de Dan:
Eu fiquei pensando no que dizer e acho que é importante dar um relato sobre o mês do orgulho LGBTQIA+ e que consequentemente visibilize uma série de questões que ficam, de alguma forma, escanteadas. Sou Dan, sou professor do Departamento de Economia Doméstica e Hotelaria, leciono majoritariamente para o curso de Hotelaria e também para Serviço Social. Eu tenho uma vivência junto a universidade com a expressão da minha sexualidade, da minha identidade pautada em diversos desafios que são construídos em cima de outros atravessamentos, das interseccionalidades.
Primeiro é dizer que sou homem cis, branco, o que me coloca em outro lugar da luta, ou melhor, outro lugar das opressões. É factível compreender que os processos de determinação de quem é frente nas questões de ataques, dos pesos daquilo que é mais vil, há outras pessoas que apresentam perfil, uma identidade que ficam mais vulneráveis mediante ataques e à violência, sobretudo, se estas pessoas se expressam enquanto trans e colocam-se enquanto pessoas que rompem com a heteronormatividade, ou sobretudo, são mulheres ou sobretudo são negras.
Então, acredito que, em algum nível, o peso sobre a LGBTQIAP+fobia sobre mim, pesa de um modo mais arrefecido porque tem outras pessoas que estão muito mais vulneráveis quando comparadas a mim.
Aonde estou querendo chegar com isso? Não estou dizendo de forma alguma que o peso do patriarcado, das relações heteronormativas não se expressam, não apareçam à mim. O que estou dizendo é que na realidade, elas ganham atenuantes mediante ao meu fenótipo, mediante ao que eu me expresso enquanto a minha identidade. Então consequentemente isso é algo relevante.
Mas o que isso é relevante sobretudo no mês do orgulho LGBTQIAP+? Acho que é importante que a gente entenda que o sistema capitalista potencializa as relações de opressão. Mas não é com ele que nascem essas opressões às sexualidades que rompem com a heteronormatividade. Então, consequentemente, estas questões ligadas às formas como nós que estamos dentro deste conjunto de sexualidades outras que não as heteronormativas vamos ser apagadas ou apagados, é fruto de um processo que determina um padrão ideal dentro do modelo capitalista mas que, se porventura conseguirmos a revolução, um dia eu espero que ela ocorra, ela não vai poder ser LGBTQIA+fobica. E consequentemente isso é inclusive importante para que nós nos armemos porque esses preconceitos vão de alguma maneira permear os espaços de luta em que muitas das vezes somos apagados.
Então acredito de alguma maneira expressar essas relações que são fundamentais para que dêem conta da diversidade de identidades e de padrões de pessoas que constroem a ciência, serviço público, educação, luta sindical e vida. Nós somos mais uma das pessoas que construímos não só a Rural mas a sociedade brasileira, latino-americana e que queremos ter o direito à vida, o direito à nossa identidade, à nossa memória e que fazemos parte sim de todo um conjunto importantíssimo de relações sociais que são fundamentais para a gente alcançar dias melhores, dias de vida, dias de vitória.
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