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Jair Bolsonaro: o 1º presidente a deixar o salário mínimo valendo menos do que quando entrou

13 de maio de 2022

Imprensa da ADUR-RJ

Jair Bolsonaro vai terminar seu mandato em dezembro de 2022 como o primeiro presidente, desde o Plano Real, a deixar o salário mínimo valendo menos do que quando entrou. Nenhum governante neste período, seja no primeiro ou segundo mandato, entregou um mínimo que tivesse perdido poder de compra. Pelos cálculos de uma empresa privada, a perda está estimada em 1,7%, mas é dado como certeza que,  com crescimento progressivo da inflação (previsões vêm sendo revisadas para cima há 16 semanas), a tendência é ser maior. O fato é que o piso salarial cairá de R$ 1.213,84 para R$ 1.193,37 entre dezembro de 2018 e dezembro de 2022, descontada a inflação.

A notícia deveria chocar a sociedade, que parece anestesiada pela angústia que é não saber se depois de outubro ainda teremos uma democracia. As ameaças do presidente Bolsonaro contra o sistema eleitoral estão cada vez mais constantes. Entre os seus apoiadores, a decisão do TSE “desconvidar” as Forças Armadas é indicativo claro de que o Chefe do Executivo não respeita à democracia e à Constituição de 1988“. Enquanto (re)vivemos a Democracia em Vertigem, o país mergulha no projeto neoliberal do ministro Paulo Guedes, responsável pelo menor crescimento na América Latina, e também por expor o país de volta ao mapa da fome, com índices de desemprego e inflacionários recordes. Não houve crescimento em “v”; teve “pibinho” por quatro anos seguidos.

O salário mínimo está na Constituição brasileira. Ele protege o salário do trabalhador mais pobre de perdas do poder de compra, sendo obrigatória a recomposição da inflação. No Brasil, cerca de 64% das aposentadorias e pensões são de um salário mínimo. Quando tratamos deste tema, estamos falando de 33,8 milhões de trabalhadores (36% do total de ocupados), o maior contingente já registrado desde o início da série. Enquanto Paulo Guedes faz palestras no exterior prometendo mais privatizações, a população compete por empregos cada vez piores e mais informais, agravando um ciclo de pobreza com reflexos na cadeia de consumo e na qualidade de vida das famílias brasileiras.

A pobreza no Brasil é latente e perturbadora: 70% dos brasileiros ganham somente até dois salário mínimos (R$1.871,00). Com a inflação em 12,13% nos últimos 12 meses, sendo a 3ª maior das Américas, a conta do brasileiro não fecha. Recentemente, notícias de pessoas comprando ossos e carcaças no lugar de proteína, carne, frango, tornaram-se comuns. De acordo com a FGV Social, quase 28 milhões de pessoas vivem abaixo da linha da pobreza no Brasil. A esse custo toca-se um projeto para agradar investidores e o mercado financeiro, com promessas privatistas e cortes violentos no orçamento da Saúde, Educação, e outras políticas públicas. O custo é tão alto socialmente que o mercado financeiro deu-lhe um nome: Teto de gastos, um substantivo próprio pomposo, repetido à exaustão, para mascarar o desastre econômico que abateu o Brasil.

O fracasso em manter a política do salário mínimo é apenas a ponta do iceberg do problema econômico brasileiro. As consequências da estratégia adotada pelo ministro da Economia agravaram o processo de desindustrialização do país, deflagrado publicamente durante a pandemia (com falta de respiradores na indústria nacional) e pela saída de diversas montadoras do país. Como os empregos são piores, o consumo despencou, e o comércio, uma das principais forças da economia brasileira, precisou demitir funcionários, sendo que muitos fecharam as portas. Guedes decidiu que o setor de serviços iria salvar seu planejamento, mas isso também deu errado, porque a terceirização e a informalidade foi generalizada, principalmente em um momento que a gasolina “sofreu” com volatilidade do mercado internacional, tornando tudo mais caro. O consumo, mais uma vez, estagnou. O efeito dominó foi inevitável, e o país desabou.

Culpar a pandemia é uma retórica vergonhosa para quem preferiu agradar o agronegócio e exportar alimentos em dólar para o exterior ao invés de atender a demanda interna. A ADUR-RJ há quatros anos denuncia o caráter cruel da agenda econômica do governo Bolsonaro, cuja maior ambição é transformar o país em um balcão de negócios, incapaz de apresentar qualquer projeto para inclusão social. É contra esta agenda que iremos às urnas em outubro. Porque é possível pensar em um país diferente. Porque o trabalhador brasileiro merece mais do que isso. A ADUR-RJ estará ao lado da população nas eleições para vencer o fascismo e o projeto de destruição do ministro Paulo Guedes.


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