10 anos sem Cláudia Ferreira: ADUR exige justiça!
- ADUR

- 19 de mar. de 2024
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19 de março de 2024 Comunicação da ADUR Há dez anos, Cláudia Ferreira foi assassinada de forma brutal pelas forças de segurança do Rio de Janeiro. Ela foi baleada no pescoço após sair de casa, no Morro da Congonha, para comprar pão. Os PMs colocaram Cláudia na viatura alegando que estavam socorrendo a mulher. No trajeto ao hospital, o compartimento da viatura abriu e o corpo da mulher foi jogado para fora do veículo e arrastado. Cláudia tinha 38 anos, era mãe de quatro filhos e criava quatro sobrinhos. Era auxiliar de serviços gerais. Ontem (18), a Justiça inocentou os seis policiais militares apontados como suspeitos por matar Cláudia Ferreira. Eles respondiam por homicídio e por remover o corpo de Cláudia do local. A ADUR lamenta esta decisão judicial, que é o retrato da impunidade no Brasil, e se junta às outras entidades sociais e políticas que cobravam por uma punição mais severa. Também é lamentável e revoltante que o julgamento tenha acontecido justamente no mês que celebra a luta das mulheres, expondo o quadro grave de feminicídios no país. A maneira brutal e injusta como sua vida foi tirada transformou Cláudia Ferreira em um símbolo de resistência e busca por justiça. Sua morte foi catalisadora para discussões sobre brutalidade policial, racismo e desigualdade. O fato de sua vida ter sido tirada enquanto ela estava em busca de ajuda, arrastada por uma viatura policial em plena luz do dia, não pode ser esquecido ou minimizado. Refletir sobre este acontecimento é renovar nosso compromisso com a causa pela qual Cláudia Ferreira se tornou um símbolo. A ADUR reforça que devemos nos comprometer a lutar contra a brutalidade policial, a combater o racismo estrutural e a trabalhar incansavelmente para construir uma sociedade em que todas as vidas sejam verdadeiramente valorizadas. Que a memória de Cláudia Ferreira nos inspire a agir, a nunca esquecer e a nunca aceitar a injustiça como inevitável.



