A novela das Fake News está com os dias contados
- ADUR

- 10 de jul. de 2020
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A decisão do Facebook de confirmar as ações ilegais que são cometidas dentro do Palácio do Planalto, com um grupo de assessores pagos para disseminar notícias falsas, mostra que o cerco está se fechando. Na quarta-feira (8), esta rede social tirou do ar um rede composta por várias contas, páginas e grupos todos com ligações com o presidente Bolsonaro, seus filhos, e políticos aliados. Para piorar a situação do governo federal, uma investigação encomendada pelo Facebook revelou que esse grupo de bolsonaristas foi formado em 2018, o que leva a crer que atuaram durante a campanha presidencial. O inquérito das fake news do Supremo, cujo relator é o ministro Alexandre de Moraes, pediu a quebra de sigilo bancário e telefônico de diversos investigados a partir de 2018, justamente para abranger o período da campanha eleitoral. Portanto, com o cruzamento destas informações, tudo indica que serão conhecidos os fomentadores do "gabinete do ódio" e sua propaganda de difundir notícias falsas contra seus adversários. No Parlamento, a oposição apresentou um requerimento à CPMI das fake news solicitando ao Facebook o material das contas falsas removidas da rede que eram ligadas à família Bolsonaro. Para o Senador Randolfe Rodrigues (Rede) "a utilização indevida de dinheiro público e os ataques à democracia devem ser investigados e punidos", declarou. A fala é endossada pelos deputados federais Marcelo Freixo (PSOL), Alexandre Molon (PSB) e Jandira Feghali (PCdoB). A Associação dos Docentes da UFRRJ compartilha dos mesmos sentimentos dos parlamentares de oposição e ressalta a importância da criação da Frente Ampla para enfrentar os movimentos autoritários e obscuros que estão enraizados no Palácio do Planalto.


