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A tragédia continua: mais um professora morre em sala de aula

  • Foto do escritor: ADUR
    ADUR
  • 9 de jun.
  • 2 min de leitura

09 de junho de 2025 Está virando rotina o falecimento de professoras em sala de aula. Depois depois do falecimento da professora Silvaneide Monteiro Andrade do Colégio Estadual Cívico-Militar Jayme Canet (Curitiba, PR) agora a vítima foi a professora do Colégio Estadual Santa Gema Galgani (Curitiba, PR), Rosane Maria Bobato, de 57 anos. É importante registrar que ambos os casos aconteceram no mesmo estado em apenas sete dias. As mortes destas duas educadoras, em pleno exercício da função, escancara a realidade de milhares de educadores no Brasil: pressionados por exigências descoladas da realidade escolar, sem apoio institucional e submetidos a jornadas exaustivas. Este não é um caso isolado, tampouco uma fatalidade. É o retrato de um sistema que cobra sem oferecer as condições mínimas de trabalho, que impõe metas desumanas e trata a dor docente como ruído. Neste momento de luto e indignação, a ADUR se solidariza com os familiares, colegas e alunos das professoras e reafirma o compromisso com a defesa de uma educação pública que respeite, valorize e proteja seus trabalhadores. Não podemos naturalizar a morte de educadores no ambiente escolar. É urgente que os governos e gestores educacionais enfrentem com seriedade a sobrecarga docente, assegurando condições dignas de trabalho, políticas efetivas de cuidado com a saúde mental, valorização salarial, suporte pedagógico concreto e a superação do modelo autoritário e produtivista que vem sendo imposto nas escolas. A educação pública só será de qualidade quando quem a constrói diariamente em sala de aula for tratado com respeito, amparo e dignidade. Até lá, tragédias como as que vitimaram as educadoras do estado do Parana continuarão se repetindo diante da omissão do poder público e do silêncio cúmplice da sociedade.

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