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ADUR celebra o Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha

  • Foto do escritor: ADUR
    ADUR
  • 25 de jul.
  • 2 min de leitura

25 de julho de 2025 🙋🏿‍♀️🙋🏿‍♀️ O Brasil celebra neste dia 25, o Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra, data que homenageia uma das mais importantes lideranças quilombolas da história do país. Tereza comandou por cerca de 20 anos o Quilombo do Quariterê, localizado no atual estado de Mato Grosso, e é reconhecida por estabelecer um sistema de governo organizado, descrito nos registros coloniais como funcionando "a modo de parlamento". Tereza comandou a estrutura política, econômica e administrativa do quilombo, mantendo um sistema de defesa com armas trocadas com os brancos ou roubadas das vilas próximas. Os objetos de ferro utilizados contra a comunidade negra que lá se refugiava eram transformados em instrumentos de trabalho. 🇨🇺🇭🇹 A data coincide com o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, ampliando o reconhecimento do protagonismo feminino negro nas Américas. Em países como Cuba e Haiti, esses processos foram mais evidentes, e enraizados em movimentos de independência. Em Cuba, a revolução de 1959 buscou acabar com a discriminação e desigualdade por meio de ações institucionais, mas enfrentou a barreira do racismo já incorporado na genética social. No Haiti, considerado o país que fundamentou o debate do racismo no Caribe, a revolução local, concluída em 1804, fez dele o primeiro Estado da América Latina fundado por pessoas negras libertas da escravidão. E é neste país, que ainda sofre com os graves problemas de pobreza, que as mulheres se sobressaem como grupo social, se esforçando para alimentar a família, educar os filhos e trabalhar no campo e nas fábricas. ✊🏿No Brasil, com o racismo estrutural, que muitas vezes tenta omitir essa realidade, camuflando questões de identidade e reconhecimento dos negros na sociedade, os desafios não são diferentes. E também são as mulheres negras muitas vezes responsáveis pelos cuidados dos filhos e preservação da cultura racial em seus núcleos familiares. Frente a essa história de lutas e de defesa dos direitos humanos, a Associação dos Docentes da UFRRJ se solidariza com todas as mulheres negras que contribuíram e contribuem para enobrecer a América Latina com sua força e determinação.

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