ADUR-RJ: precisamos combater a discriminação racial
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- 21 de mar. de 2022
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21 de março de 2022 Imprensa da ADUR-RJ No dia Internacional contra a Discriminação Racial a diretoria da ADUR-RJ vem se somar a todos aqueles que lutam contra o preconceito racial em todo o mundo. Para a diretoria da entidade de docentes da UFRRJ " a discriminação racial perpetua desigualdades. Um dos maiores exemplos está no acesso a uma educação pública e de qualidade onde a desigualdade entre brancos e negros é evidente.Por isso, precisamos intensificar nossos esforços para construção de uma sociedade mais inclusiva e justa". A data de 21 de março é conhecida por ser o Dia Internacional da Luta Contra a Discriminação Racial e é um marco na batalha pelas conquistas de direitos sociais para a população negra. A data foi instituída pela ONU em 1966, em memória ao “Massacre de Shaperville”, em 21 de março de 1960. No episódio, aproximadamente vinte mil pessoas protestavam contra a “lei do passe”, em Joanesburgo, na África do Sul. Esta lei obrigava os negros a andarem com identificações que limitavam os locais por onde poderiam circular dentro da cidade. Tropas militares do Apartheid atacaram os manifestantes e mataram 69 pessoas, além de ferir uma centena de outras. No Brasil, a luta contra a discriminação racial começou a se intensificar após a Constituição Federal de 1988, que incluía o crime de racismo como inafiançável e imprescritível. Contudo, o racismo ainda é muito presente por aqui, o que exige políticas de inclusão mais eficazes e o cumprimento efetivo da legislação para coibir tais práticas e combater fatores, historicamente enraizados, que são considerados pilares para a perpetuação da cultura do preconceito. Não podemos deixar de mencionar que o racismo no Brasil é estrutural e está associado à redução das oportunidades de melhoria das condições sociais. Esse problema persiste desde o período colonial, quando os portugueses pensavam que a cor da pele era um fator determinante para a capacidade intelectual. Consequentemente, esse legado histórico ainda mantém raízes profundas no que se refere às diferenças sociais. O professor da UFRRJ, Luiz Fernandes, destacou a importância da 6ª edição da Campanha 21 dias de ativismo contra o racismo, que este ano terá como homenageado o prof. da UFRRJ que também foi um dos idealizadores da logomarca, Sandro Lopes vítima da Covid-19 em 2021. "Essa agenda coletiva - que foi idealizada pela militante do movimento de mulheres negras do RJ, Luciene Lacerda - já esteve prioritariamente nas ruas, mas mesmo de forma híbrida mantemos o desejo de que juntas, juntes e juntos realizemos momentos de diálogos necessários para enfrentar as desigualdades, violações, invisibilidades e violências provocadas pelo racismo. E também para fortalecer nossas ações em busca de uma sociedade democrática e justa". Por fim a ADUR-RJ reforça a necessidade de um envolvimento maior da sociedade na luta dos povos negros contra o racismo estrutural, pois desta forma podemos criar um caminho para minimizar os efeitos da discriminação sobre a vida das pessoas.



