ADUR, Sintur e DCE mobilizam campanha de solidariedade às vítimas da chuva em Seropédica
- ADUR

- 13 de mar. de 2020
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No início de março, as fortes chuvas que atingiram a região metropolitana e adjacências do Rio de Janeiro deixaram centenas de famílias desabrigadas e desalojadas em todo o estado. Na Baixada Fluminense, Seropédica foi um dos municípios mais atingidos. Vários bairros do município, como Jardim São Jorge, Campo Lindo, Jardins, Ipê e Dom Bosco, tiveram ruas que ficaram completamente submersas.
Cerca de 500 famílias ficaram desalojadas no município. Escolas da rede pública e igrejas abriram as portas e passaram a funcionar como abrigo para os moradores. O município ainda permanece em estado de atenção por causa das enchentes.
Reagindo frente à situação, a ADUR-RJ, em parceria com o SINTUR e o DCE da UFRRJ, iniciaram a campanha Solidariedade à população de Seropédica atingida pela chuva.
No dia 4 de março, as doações recolhidas começaram a ser entregues na ADUR-RJ. As entidades receberam uma quantidade tão grande de itens que a partir do dia seguinte, saíram veículos lotados para fazer a primeira entrega das doações. A remessa foi destinada ao Centro de Apoio na Escola João Leôncio. Dois dias depois, novas doações foram entregues pela Diretoria da ADUR-RJ juntamente com outros professores associados. Até o dia 12 de março, já tinham saído 10 veículos lotados da Associação para entregar os donativos.
A presidente da ADUR-RJ, professora Lúcia Sartorio, considera a mobilização conjunta fundamental para que todos tenham consciência das condições de vida e de sobrevivência da comunidade de Seropédica.
“É tudo muito precarizado. Essa questão é urgente e precisa ser levada pela representação da ADUR-RJ para a Conferência Municipal de Cidades”, argumenta a presidente.
O evento, que vai acontecer entre os dias 20 e 21 de março de 2020, é um espaço de discussão sobre políticas de planejamento urbano para as cidades. A ADUR-RJ têm direito a uma representação no Conselho de Cidades e essa questão será abordada pela Associação. Segundo a professora Lúcia, a Conferência é o momento de envolver as diversas entidades presentes no município nesse espaço de debate sobre a precariedade das condições de vida em Seropédica.
“Essa é uma forma de chamar atenção para a ausência do poder público nesses espaços. O Rio de Janeiro sempre foi um dos estados com maior arrecadação de impostos. E apesar disso, como podemos justificar as condições de vida na Baixada Fluminense? Há uma ausência de planejamento urbano para o desenvolvimento e a gente lida com um completo abandono do governo do estado e das prefeituras regionais. Precisamos de planejamento e políticas públicas que tenham uma visão intersetorial que possa articular intervenções na região”, pontua a professora.



