Dia 25: Basta de violência e opressão às mulheres negras

25 de julho de 2022 Imprensa da ADUR-RJ No dia Internacional da mulher negra Latino Americana e Caribenha, a ADUR-RJ une a sua voz às vozes das mulheres afrodescendentes de todo o continente na luta histórica contra o racismo e o machismo estrutural do nosso país, e valoriza as lutas pela igualdade de direitos. É importante ressaltar que, segundo o Anuário Brasileiro da Segurança Pública de 2021, entre as vítimas de feminicídio no último ano, 61,8% eram negras, 36,5% brancas, 0,9% amarelas e 0,9% indígenas. E mais, as mulheres negras pertencem à maioria da população brasileira (51,8% de mulheres), chefiam mais de 40% dos lares do país, contudo permanecem sendo as mais exploradas e negligenciadas social e economicamente. Na esfera política, apesar do aumento na participação da mulher negra, sua participação ainda é tímida. Nas eleições de 2020, apenas 8% das negras que se candidataram ao executivo municipal foram eleitas (entre os homens negros, a taxa foi de 9,2%) no país. Os mais votados para as prefeituras foram os homens brancos (19,2% dos candidatos), seguido pelas mulheres brancas, 16,9%. A data foi instituída pela ONU para dar visibilidade à luta das mulheres negras, a partir do primeiro Encontro de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-caribenhas ocorrido em 1992, em Santo Domingo na República Dominicana. O evento que reuniu mais de 300 representantes de 32 países para denunciar opressões e debater soluções na luta contra o racismo e o sexismo. No Brasil, esta data é comemorada desde 2014 como o dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra. Esta homenagem a Tereza de Benguela - conhecida como “Rainha Tereza”, que viveu no século XVIII, no Vale do Guaporé (MT), e liderou o Quilombo de Quariterê - foi um reconhecimento da então Presidenta Dilma Rousseff que sancionou a lei nº 12.987/2014 pela sua resistência à escravidão no século XVIII e a luta em defesa das mulheres negras e indígenas.