Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher
- ADUR

- 25 de nov. de 2021
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No dia 25 de novembro, Dia Internacional de Luta Contra a Violência à Mulher, a diretoria da ADUR-RJ considera que a violência contra as mulheres é uma violação aos Direitos Humanos e atinge toda a sociedade. "É importante que a população compreenda esse dever público. Alem da sociedade, o Estado tem a responsabilidade de materializar políticas em todas as esferas de Poder para alcance da igualdade”, destaca a direção da entidade.
Esta data foi escolhida para homenagear as irmãs Mirabal (Pátria, Minerva e Maria Teresa), dominicanas que ficaram conhecidas como Las Mariposas e se opuseram à ditadura de Rafael Leónidas Trujillo sendo assassinadas em 25 de novembro de 1960. No Primeiro Encontro Feminista Latino-Americano e Caribenho de 1981, realizado em Bogotá, Colômbia, a data do assassinato das irmãs foi proposta pelas feministas para ser o dia Latino-Americano e Caribenho de luta contra a violência à mulher. Em 17 de dezembro de 1999, a Assembleia Geral das Nações Unidas declarou que 25 de novembro é o Dia Internacional da Eliminação da Violência contra a Mulher, em homenagem ao sacrifício de Las Mariposas.
No Brasil, o debate tem tomado a agenda legislativa há 89 anos. A reivindicação do direito ao sufrágio foi uma das pautas mais emblemáticas da luta feminista, considerada o marco da primeira onda que teve nos movimentos de mulheres a razão da sua conquista em 1932. Antes disso, as mulheres sequer participavam da vida política do país.
É importante frisar também a baixa representatividade das mulheres no campo da política. Em pleno 2021, dados divulgados pelo IBGE, em ranking de 190 países, indicam que o Brasil está classificado na 152ª posição em relação ao percentual proporcional entre homens e mulheres na ocupação das cadeiras parlamentares, ficando atrás de países como Somália e Afeganistão. Fraudes, como a escolha de mulheres pelo partido apenas para "cumprir a cota" sem qualquer garantia de financiamento à sua candidatura, têm sido denunciadas, mostrando que as candidaturas fictícias vieram como uma forma velada e naturalizada de reação à ocupação de espaço pelas mulheres.
"Aproveitamos esta data para denunciar, que tanto na cidade como no campo, as mulheres sofrem os impactos da política de governo machista, misógina, que violenta e assassina as mulheres. Vamos continuar na luta pela consolidação da democracia que significa a igualdade de direitos entre homens e mulheres".



