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Fora Bolsonaro e pela igualdade de gênero, as mulheres ocuparam o centro do RJ

  • Foto do escritor: ADUR
    ADUR
  • 9 de mar. de 2022
  • 3 min de leitura

09 de março de 2022   Imprensa da ADUR-RJ   Fora Bolsonaro e pela igualdade de gênero, as mulheres ocuparam o centro para RJO dia 8 de março é marcado - em todo planeta - pela ocupação das mulheres nas ruas na luta por mais direitos e igualdades. No Rio de Janeiro não foi diferente. A Candelária foi tomada pelos manifestantes, entre eles, a delegação da Associação de Docentes da UFRRJ (ADUR-RJ) - composta por professores, estudantes e técnicos-administrativos - que seguiram em direção à Candelária reivindicando um Brasil sem machismo, racismo e fome além do do Fora Bolsonaro e pela vida das mulheres. A presidente da ADUR-RJ, Elisa Guaraná, destacou que o dia 8 de março representa o movimento feminista de luta e resistência a este desgoverno. "Hoje vamos dar um basta em relação as ações violentas praticadas por este governo que não respeita à democracia e seus valores consignados na Constituição de 1988. Chega da atrocidades impostas as mulheres, negros e índios. Fora preconceito!!! Fora Bolsonaro!!".   É importante registrar que o dia internacional da mulher foi proposto pela primeira vez em um evento que reuniu mulheres socialistas de todo o mundo em 1910, na Dinamarca.  Foi durante o II Congresso Internacional de Mulheres Socialistas, realizado em Copenhagen, que se formalizou a ideia de um dia para a realização de atos em defesa dos direitos das mulheres em escala global. O documento que propôs o “Dia da mulher”, ratificado pelas congressistas em 1910, é assinado por Zetkin, mas também pela menos conhecida Käte Duncker. Ambas militavam juntas no Partido Comunista Alemão. “As mulheres socialistas de todas as nacionalidades devem organizar a cada ano um Dia da Mulher, que deve promover, acima de tudo, a agitação pelo sufrágio feminino”, propuseram Zetkin e Duncker. As origens que consolidaram o 8 de março, no entanto, não se explicam apenas com esse marco. Elas estão conectadas com uma série de eventos históricos relacionados à luta de mulheres da classe trabalhadora na Rússia, nos Estados Unidos e em países europeus no início do século 20.   A professora aposentada da UFRRJ e diretora da ADUR, Luciana Nóbrega, disse que o movimento feminista deu um recado para os machistas que não respeitam a igualdade de gênero. "A celebração do dia Internacional da Mulher mostrou para sociedade que o lugar da mulher é onde ela quiser bem como denunciar o preconceito estimulado por setores conservadores da sociedade que não admitem a convivência entre brancos, negros, índios, e mulheres trans. Por isso, a luta pela equidade de gênero é diária e de todos".   Não podemos deixar de mencionar uma pesquisa de opinião realizada pelo Instituto DataSenado em parceria com Observatório da Violência Contra a Mulher que foi concluída no final de 2021 mostrou que 86% das mulheres brasileiras perceberam um aumento da violência contra elas. Ainda de acordo com o levantamento, cerca de 68% das pessoas entre conhecem alguma vítima e 27% declararam já ter sofrido este tipo de violência. Esse estudo mostra de forma evidente que em crises econômicas, sociais e sanitárias as mulheres são vítimas de violência de gênero e de violência doméstica.   A professora da faculdade de Letras e ex-presidente da ADUFRJ, Eleonora Ziller, ressaltou a importância do dia 8 de março como um marco de reencontro dos movimentos sociais e sindicais e da retomada das ruas pelas mulheres em defesa da igualdade de gênero, da democracia e da justiça social. "A nossa participação no fim da caminhada onde reuniu as associações docentes da UFRJ, Rural, Unirio, UFF e a regional do Andes com uma faixa que já é tradicional nas manifestações pelas quais a ADUFRJ participa simbolizou o contexto absurdo de guerra do qual estamos assistindo. A faixa tinha os seguintes dizere: "A luta pela paz é feminina". O recado está dado".   Nesta data vale a pena destacar o papel das mulheres no desenvolvimento da ciência. Dois anos após o surgimento da pandemia do novo coronavírus, os nomes de mulheres à frente de iniciativas científicas se multiplicam no Brasil e no mundo. Seja no comando de grupos que fazem sequenciamento genético do vírus, na internet para fazer divulgação científica, ou na área de pesquisas para entender como o vírus ataca os diversos sistemas do corpo humano, as cientistas e pesquisadoras mostraram que vieram para ficar e ocupar cada vez mais os espaços de liderança na área da ciência que são, ainda, em sua maioria, preenchidos por homens. Ainda que o Relatório de Ciência da Unesco 2021 aponte que cerca de 54% dos títulos de doutorado do Brasil nos últimos anos foram concedidos a mulheres, ainda é mais difícil ver essas profissionais nos cargos de liderança científica.   No final do ato, as manifestantes que caminharam de forma pacífica da Candelária até Cinelândia afirmaram que a única forma do país se desenvolver e caminhar sem preconceito é derrotar Bolsonaro nas urnas em outubro próximo.  

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