Governo do Estado elabora medidas de lockdown
- ADUR

- 8 de mai. de 2020
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A Fundação Oswaldo Cruz elaborou um relatório no qual expressa a defesa de medidas mais rígidas de isolamento social, o chamado lockdown, para conter a propagação do coronavírus. O relatório técnico-científico embasa uma ação do Ministério Público do estado do Rio enviada ao Governo do Estado e à Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro. De acordo com o documento, o objetivo do relatório é salvar vidas e é baseado em análises técnico-científicas. Os pesquisadores afirmam que a adoção tardia das medidas “resultaria em uma catástrofe humana de proporções inimagináveis para um país como o Brasil” e dada a inexistência de uma vacina para a doença, as medidas de lockdown devem ser utilizadas de forma intermitente, acionadas e relaxadas, por um longo período de 18 a 24 meses. A partir do panorama atual, as análises projetam que entre os dias 13 de maio e 22 de julho, o estado não teria leitos de UTI disponível na rede privada ou na rede pública. Mais uma projeção aponta que o vírus deve se espalhar por praticamente todo o estado, inclusive nos municípios que hoje contam com menos de 50 casos. Na noite de ontem, 7 de maio, o governo do estado respondeu ao Ministério Público afirmando que está sendo elaborada uma proposta de lockdown na qual constam: o bloqueio de estradas, a criação de uma autorização para as pessoas circularem nas ruas, e a proibição de carros particulares nas vias. Em nota, o governo admite que a criação de hospitais de campanha não tem sido suficiente para atender o número descontrolado de casos e que rede de saúde estadual está muito próxima do colapso total. Os dados do dia 7 de maio apontam 1176 pacientes na fila aguardando por um leito de enfermaria ou UTI apenas na capital. Ainda não há determinação de uma data para que as medidas comecem a ser implementadas.


