Governo Federal apresenta contraproposta de 9% de reajuste emergencial
- ADUR

- 21 de mar. de 2023
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Após três rodadas de negociação, o Ministério da Gestão e Inovação formalizou a proposta de 9% de reajuste salarial emergencial para os servidores federais. O percentual está acima dos 7,8% apresentado pelo governo na primeira reunião, e abaixo dos dois dígitos que os servidores reivindicavam.
Além disso, a proposta do governo federal reajusta apenas o valor do auxílio-alimentação de R$458 para R$658, que só vale para funcionários e funcionárias da ativa. Os servidores pleiteavam o acréscimo em todos os benefícios.
Se o aumento de 9% for confirmado, os novos valores passam a valer a partir de 1º de maio, com pagamento em junho.
As negociações seguirão fases distintas, conforme foi estabelecido na instalação da Mesa Nacional. Ainda serão instaladas as mesas Setoriais para discussão de carreira e a campanha salarial de 2024.
Associações sindicais aprovam reajuste
Após o anúncio do percentual pelo governo federal, diversas associações docentes aceitaram a proposta de 9% de reajuste emergencial e sinalizaram ao ANDES a aprovação do acordo. Os docentes da AdUFRJ, ADUFS e APES-SJ deliberaram pela
desde que o governo federal firme alguns compromissos com a categoria. Dentre eles a manutenção da mobilização de reajuste de 27% para toda a categoria e garantia da paridade de entre ativos e aposentados.
ADUFPI, ADUFF, SESUNILA, ADUFPB, APROFURG, ADUFERPE e APRUMA também aprovaram a proposta de reajuste oferecida pelo governo federal.
A ADUFPel é a única associação docente que não aprovou os 9% e reafirma a posição de recomposição de 27%.
A última Assembleia da ADUR aconteceu um dia antes da terceira rodada de negociação do reajuste. Na ocasião os docentes aprovaram encaminhamentos que indicavam posicionamentos essenciais durante a negociação. Entre eles, o acordo com a linha que está sendo tomada pelo Fonasefe; a demanda pelo compromisso do governo em complementar o reajuste em janeiro de 2024, assegurando 26,9% de reajuste; e que se mantenha a reivindicação de revogação das medidas que atacam a categoria.
Mesas setoriais
Na reunião setorial das Instituições Federais de Ensino (IFES), promovida pelo ANDES-SN, em Brasília, no dia 16 de março, foi aprovada a proposta de reajuste salarial emergencial apresentada pelo governo. Também foi pontuada a necessidade de manter a pressão para que o governo aumente o percentual em pelo menos 10% e reconheça as perdas salariais de 27% acumuladas durante o governo Bolsonaro.
Para a primeira secretária da ADUR, Beatriz Wey, que participou da primeira reunião setorial, o acordo de reajuste salarial é uma urgência para os docentes, mesmo com índice abaixo do esperado pela categoria. “A nossa carreira está realmente precisando de uma recomposição. A gente aceitaria até um reajuste de 5%. Claro que aceitar 5% é um absurdo, e 9% também é um absurdo. Mas nenhum reajuste é pior ainda”. A professora também pontua que quanto mais demora para fechar a negociação, maior são as perdas salariais “A gente poderia estar recebendo agora no mês de abril, mas já não vamos receber. Se a negociação demorar, a gente não recebe nem em maio e nem em junho”. defende a professora.




