Jaguar ensinou como sobrepujar a ditadura
- ADUR

- 25 de ago.
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25 de agosto de 2025 O cartunista Jaguar, um dos fundadores do jornal Pasquim, nos deixou no domingo (24), aos 93 anos, no Rio de Janeiro, cidade que sempre celebrou com seu humor único e perspicaz. Para nós da Associação dos Docentes da Universidade Rural do RJ, onde muitos cresceram acompanhando suas ilustrações mordazes, sobrevive o seu legado de desafio à ditadura em seus anos mais violentos, com a sistemática prisão de artistas, jornalistas, escritores e cartunistas, muitos deles colaboradores da publicação. Por meio do Pasquim, no entanto, a rebeldia intelectual de Sérgio de Magalhães Gomes Jaguaribe, seu nome real, criador de personagens icônicos do semanário, somada a de outros nomes históricos do jornalismo alternativo, como Tarso de Castro, Millôr Fernandes, Sérgio Cabral, Paulo Francis e Ivan Lessa, a ousadia sobrepujou o poder vigente. Com uma proposta de vanguarda e um toque do melhor humor carioca, foi possível manter a esperança da sociedade em dias melhores naqueles anos de chumbo, mostrando o caminho para sobreviver, lutando contra o sistema, até a reconquista da democracia. Uma importante e inspiradora lição para as gerações que vieram depois.



