Nota da Diretoria da ADUR sobre o caso de racismo sofrido por professor da UFRRJ

A ADUR acompanha com muita atenção e preocupação as gravíssimas denúncias de atos racistas, praticados contra o Professor Alain Pascal Kaly do Departamento de História do Instituto de Ciências Humanas e Sociais. Tão graves acusações não podem escorregar para o esquecimento sem o necessário esclarecimento e sem a identificação das condutas infratoras, bem como as justas medidas punitivas delas decorrentes.

Segundo relato do Professor Alain, essas ofensas de cunho racistas, e possivelmente xenófobas, não são inéditas para ele na UFRRJ. Sobretudo em um momento em que o mundo se revolta, num grito quase uníssono, contra a discriminação racial, não podemos tolerar no seio de nossa comunidade a permanência banalizada dessas práticas aberrantes e criminosas, sem que, nos marcos do devido processo legal, lhes demos o nosso repúdio e a resposta institucional que a civilização exige.

A ADUR solicitou, por escrito, à Reitoria da UFRRJ esclarecimentos sobre as informações que foram trazidas ao CONSU a respeito da diplomação de um dos discentes acusados da manifestação discriminatória, antes que os procedimentos disciplinares houvessem sido concluídos. Em particular, a ADUR solicitou esclarecimentos sobre o cumprimento de uma possível medida liminar judicial, que teria sido obtida pelo referido discente, determinando a concessão de seu diploma pela Instituição, tal como informado pelo Sr. Reitor àquele Conselho.

A ADUR acrescenta ainda que, através de sua assessoria jurídica, tem prestado assistência na questão ao Professor Alain, nosso associado. O advogado da Associação, Dr. Carlos Boechat, acompanhou pessoalmente o Professor em depoimento prestado por ele à polícia, como desdobramento das denúncias relacionadas ao caso.