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O Rio sangra: repúdio à chacina no Jacarezinho

  • Foto do escritor: ADUR
    ADUR
  • 10 de mai. de 2021
  • 1 min de leitura

No dia 6 de maio de 2021, uma operação policial na favela do Jacarezinho, Zona Norte do Rio de Janeiro, matou 24 civis e um militar e se tornou a mais letal da história do Rio. Em junho de 2020 o STF proibiu as incursões de agentes nas favelas do estado do Rio por conta da pandemia de COVID-19. A decisão permitia as operações apenas em “hipóteses absolutamente excepcionais”. Nestes casos, os agentes precisam informar ao Ministério Público o motivo da operação. No dia 6 de maio, algumas horas após o início da operação, o Ministério Público do Rio de Janeiro recebeu a notificação da operação policial que tinha como justificativa, entre outros argumentos, proteger “os direitos fundamentais de crianças e adolescentes e demais moradores que residem nessas comunidades”. No entanto, na mesma operação, uma pessoa foi executada dentro do quarto de uma criança de oito anos, explicitando o total desinteresse da operação em proteger a infância. A operação policial do dia 6 de maio, no Jacarezinho, é mais uma ação do genocídio em curso pelo estado brasileiro, para matar moradores de favelas no Rio de Janeiro. Além da total ausência de políticas públicas efetivas para proteger a população do país da pandemia de coronavírus, os moradores de favelas ainda precisam lidar com uma política de segurança pública que viola direitos fundamentais. A ADUR repudia a chacina ocorrida no Jacarezinho e toda política de segurança pública que criminaliza moradores de favelas. A Associação também presta solidariedade aos moradores da favela, em especial às famílias que perderam seus entes.

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