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Programa Mais Professores: Iniciativa é promissora, mas carreira docente ainda precisa de mais investimentos

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    ADUR
  • 15 de jan.
  • 2 min de leitura

15 de janeiro de 2025 Comunicação da ADUR O Governo Federal lançou nesta terça-feira (14), o Programa Mais Professores para o Brasil, com o objetivo de valorizar e apoiar os docentes por meio de bolsas, formação continuada e ações voltadas à atração e reconhecimento de profissionais da educação. O programa é dividido em cinco eixos, que abrangem desde a criação da Prova Nacional Docente até incentivos financeiros para atrair alunos às licenciaturas, além de ações para a realocação de professores em áreas com déficit de educadores, qualificação profissional e benefícios para os docentes. De acordo com a ADUR, a iniciativa é positiva, mas ainda insuficiente para resolver os desafios enfrentados pela educação no Brasil. “O pé de meia é uma ação importante e bem-vinda, mas precisamos que os entes públicos e políticos atuem com seriedade em relação à questão. Destacamos que as licenciaturas podem sofrer um apagão caso não tenhamos, de fato, um investimento na formação de novos professores,” afirmou a entidade. O Programa Mais Professores para o Brasil surge em um momento crítico para a educação no país. A iniciativa enfrenta desafios. A ideia de oferecer bolsas adicionais para educadores atuarem em regiões de difícil acesso pode dar certo, mas precisará ser acompanhada de estratégias para garantir que esses docentes permaneçam nessas localidades após o fim do incentivo financeiro. A ADUR entende que o poder público precisa empenhar mais esforços para evitar a escassez de profissionais: “Essa é uma das muitas ações possíveis, que foca no fortalecimento docente. Mas ela apenas não garante que, em um futuro próximo, não tenhamos falta de profissionais do magistério. Isso não pode ser uma ação isolada do governo federal; os estados e municípios devem também atuar para debelar esse problema que se aproxima,” alertou a Associação. Para combater a escassez de professores, o governo federal anunciou a criação de uma forma padronizada e qualificada de selecionar novos professores para as redes de ensino públicas de todo o país. Isso será feito por meio da criação de uma Prova Nacional Docente, que servirá para medir o desempenho e as qualificações específicas dos futuros professores. Para o governo, o exame cria um padrão nacional para avaliar os professores, oferecendo aos entes federativos uma base de dados sólida para escolher os candidatos mais capacitados para suas redes de ensino. A adesão é voluntária, e os estados têm liberdade para decidir se desejam utilizar os resultados da Prova Nacional Docente em seus processos seletivos. No entanto, ao subsidiar os entes federativos com essa ferramenta de seleção qualificada, o governo federal espera estimular a realização de concursos públicos, que são essenciais para a contratação de professores efetivos. Com mais professores concursados, a estabilidade e a qualidade do ensino nas redes públicas podem melhorar, promovendo um impacto positivo na educação. A ADUR reforça que, apesar da importância das medidas anunciadas, é imprescindível que haja mais investimentos e uma abordagem coordenada para garantir o sucesso da educação no país. O magistério exige mais do que uma avaliação eficaz: é preciso melhorar as condições materiais de trabalho, garantir o cumprimento do piso salarial e oferecer incentivos concretos, como a formação continuada com gratificações e progressão na carreira. Somente assim será possível atrair, reter e motivar professores capacitados, assegurando que o sistema educacional brasileiro se fortaleça a longo prazo.

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