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Terças de Junho debate especificidades, metodologias e tecnologias do ensino durante a pandemia

  • Foto do escritor: ADUR
    ADUR
  • 16 de jun. de 2020
  • 2 min de leitura

No segundo encontro do “Terças de Junho”, realizado no dia 9 de junho por meio de uma live no YouTube, o tema debatido foi “Desafios da educação na pandemia: especificidades, metodologias, tecnologias e a universalização do ensino”. A proposta dos encontros é debater Ensino, Ciência e Cultura como Protagonismo Social. A iniciativa é uma parceria entre ADUR- RJ, AdUFRJ, SBPC e ANPOFE. O debate foi mediado pelo vice-presidente da ADUR-RJ, Claudio Maio Porto, e teve a participação das professoras Luana Carvalho Aguiar Leite (MST), Maria da Conceição Calmon Arruda (FFP/UERJ/FIOCRUZ), Márcia Denise Pletsch (IM/UFRRJ) e do professor José Carlos Lima de Souza (UERJ/CEDERJ). A professora Maria da Conceição pontuou que apesar do discurso otimista de que o Brasil saberia lidar com a crise da pandemia seguindo os acertos de outros países, isso não aconteceu, nem nas questões sanitárias, nem nas questões educacionais. O ensino a distância foi implementado como uma maneira de manter os alunos, principalmente os da educação básica, em contato com o ensino mesmo no período de quarentena. Porém, a falt de planejamento nesse processo evidenciou a desigualdade no ensino brasileiro, e o acesso aos meios necessários para realizar uma Educação a Distância eficaz. Em sua fala, a professora Luana Carvalho ressaltou que o MST insere o debate sobre a educação em uma materialidade concreta: onde crianças, jovens e adultos vão a luta pela reforma agrária. Pensar na educação deste grupo em um momento como atual, requer muito planejamento. A professora reforça que a educação é um processo de formação humana subjetivo, e que não é possível transformar a modalidade presencial em a distância, virtual, sem levar em consideração os desafios que, inclusive, antecedem a pandemia. Também é preciso levar em consideração as subjetividades neste momento de intensas adaptações por todo esses indivíduos. A proposta do EAD seria a própria mercantilização da educação. A professora do Instituto Multidisciplinar da UFRRJ, Márcia Pletsch, trabalha com educação especial e destacou que em todas as suas participações em lives e debates, faz questão de denunciar a grande exclusão daqueles com deficiências mais severas. Mária também apontou a necessidade de compreendermos as diferenças e especificidades dos diferentes níveis de modalidade de ensino, tanto na educação básica quanto na superior. Ela também destacou que as tecnologias para a acessibilidade no ensino superior a distância têm avançado, mas isso não é sinônimo de acesso às ferramentas. A pandemia de Covid-19 trouxe a necessidade do isolamento social para impedir o avanço do vírus. Com isso, houve a separação do aluno com a rotina de ensino, do aluno com o professor e também do próprio professor com o aluno. Em sua fala, o professor José Carlos denunciou que o momento é de completa desorganização dos parâmetros organizativos desse calendário, o que, inclusive coloca em risco o ano letivo. A discussão da mesa reforça, através de todas a falas dos participantes, a grande necessidade das modalidades de ensino serem repensadas antes mesmo de se propor um projeto como o EAD. No Brasil, não apenas a educação básica como também a superior, enfrentam grande desafios que antecedem a pandemia. O momento é de crise não apenas do campo econômico, mas na saúde, no campo ambiental e inclusive no da educação.  

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